Sociedade Brasileira de Física destaca estudo de pesquisadores do PPGFSC/UFSC

28/02/2019 15:45

Estudo determina quando cristais “derretem ao contrário”

Diferentes fases de filmes ferromagnéticos: acima, fases de listras e círculos; abaixo à esquerda, fase homogênea, que após derretimento inverso dá lugar a fase modulada, à direita.

Em geral, quando aquecidos acima de uma certa temperatura, materiais em estado cristalino passam para um estado líquido em que seus átomos e moléculas, antes relativamente parados e bem organizados, se movimentam de maneira desordenada. As moléculas de água que formam os cristais de gelo, por exemplo, sofrem uma transição de fase para o estado líquido quando a temperatura sobe acima de 0℃, sob uma pressão atmosférica terrestre. Recentemente, porém, pesquisadores observaram em laboratório filmes ferromagnéticos em que ocorre o inverso: suas moléculas se arranjam de maneira mais ordenada à medida que o filme é aquecido. “É um tipo de transição de fase rara e estranha”, diz o Lucas Nicolao, físico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “É como se um líquido se transformasse em cristal à medida que aumentássemos a temperatura.”

Nicolao e seu colega da UFSC, o físico Alejandro Mendoza-Coto, junto com o físico Rogelio Díaz-Méndez, do Instituto Real de Tecnologia, em Estocolmo, na Suécia, realizaram um estudo teórico em que conseguiram determinar as condições essenciais para que o fenômeno do derretimento invertido aconteça. Realizado com apoio da FAPESC, o estudo foi publicado dia 14 de fevereiro no periódico Scientific Reports.

Fonte: Sociedade Brasileira de Física

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